A personagem da vídeo-instalação ‘as mãos sujas’ dedica as suas noites a saquear os jardins públicos da cidade do Porto, cenários oitocentistas. O objetivo é simples: roubar as plantas que os decoram e que, durante o dia, acompanham pombos, cansados, e namorados. A atividade é tranquila; em breve a sua casa estará florida, uma flor na lapela.
E nem os pássaros são pássaros nestes jardins, eu próprio que lhes imito o canto – que acompanha o furto.