" A lápide descerrada em 2008, colocada, furtivamente, numa noite de fevereiro, permaneceu no local até 2011, altura em que começaram as obras de reconversão. Deste modo, a placa seguiu o destino da “Anja” e desapareceu. A cidade, agora fiel da panaceia turística, ia mudando ao mesmo tempo que a Praça do Anjo. O velho mercado do Anjo deu lugar a um espaço comercial de luxo e propriedade privada. Um espaço transplantado à semelhança das oliveiras que o decoram.
Em maio de 2015, a AAPA voltou ao local para descerrar uma nova lápide. Mas a cidade mudou. Durante a colagem os membros da AAPA foram interpelados pelos seguranças privados, assalariados da empresa detentora dos direitos do espaço, que, em total impunidade, decretaram a apreensão da placa. Depois de chamada ao local, a PSP identificou ambas as partes e procedeu ao registo dos autos e apreensão do material. A saber: uma lápide de mármore com poema de Rilke inscrito e uma pistola de silicone laranja, material impróprio para fixar mármore. CC+ÂFS e J.L.T., escoltados até à esquadra do Infante, serão futuramente chamados a prestar declarações, acusados de vandalismo e atentado à propriedade privada. "